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  • Foto do escritorViktor Gracchia

A Lenda do Pai do Mato

Pai do Mato ou Pai da Mata é um fantástico ser do folclore brasileiro que segundo as lendas habita os bosques e florestas, é visto como um bicho enorme, segundo a lenda possui o corpo coberto de pelos e as mãos semelhantes à dos macacos, no rosto a uma barbicha bem vistosa na cor negra, tendo seu nariz na cor azul, muitas vezes também é visto com cabelos enormes, unhas de 10 metros e orelhas de cavaco (tem uma grande semelhança entre os Faunos e Sátiros).


Representação do Pai do Mato e um Fauno/Sátiro.

Em toda história contada por caçadores e pescadores, o que tem em comum é o seu urro e sua risada estrondosa que ecoa por toda a mata a noite, assim como costuma andar com grupos de Caititus (porco do mato), onde utiliza o maior animal como montaria, segundo contam poucas pessoas que já o viram (dizem que ele não gosta de ser visto e por isso raramente aparece), ele é defensor das matas, bosques e principalmente os animais e que se for preciso protegê-los, engole até gente.


Dizem também que o Pai do Mato tem o corpo fechado, razão essa que balas e facas não o matam, seu ponto fraco é no umbigo (exatamente no centro de uma roda “frágil” que ele tem em volta), mas como é difícil vê-la, é quase impossível pensar que alguém possa sequer imaginar em acertá-lo, se tornando praticamente um ser imortal, outra de suas características exóticas é o fato de sua urina ser azul, assim como o seu nariz.


Por raramente aparecer ao homem, quando alguém lhe atravessa na estrada ou mata, ele não retrocede, e com muita coragem, procura dar cabo do obstáculo que se opõe a ele (fato esse confirmado por mim, já que tive um contato semelhante a esse em minha cidade, em uma estrada de terra, deixarei esse relato para outra hora, se assim alguém desejar).


"A lenda do Pai do Mato" tela da Artista Plástica Marlene Kirchesch.

Segundo a lenda, a história do Pai do Mato foi contada pela primeira vez por um caçador que diz tê-lo visto no meio da floresta onde estava caçando, ficando apavorado por muitos dias, contou ele que o “monstro” era uma coisa descomunal e parecia não ser deste mundo, pois era metade gente e metade bicho, não sabia descrever realmente como era de tão assombrado que estava, daquele dia que este caçador viu o Pai do Mato, a lenda se espalhou por todas as regiões vizinhas, muitos outros caçadores também diziam tê-los visto e que a função dele dentro das florestas era de espantar os animais para não serem caçados pelos caçadores, se fosse uma pessoa normal passando pela mata, não o viria, só o viam aqueles que portavam armas de fogo e que tinha intenção de matar os animais selvagens.


Um fato curioso que as pessoas talvez não saibam é que esta lenda possui uma versão bastante interessante dentro da cultura dos índios Paresí ou Parecis (uma reserva indígena no oeste do estado do Mato Grosso), a primeira descrição da lenda do Pai do Mato, entre estes indígenas, data do início do século XX, mais precisamente 1912 e foi feita pelo pesquisador Roquette-Pinto, em uma série de publicações e gravações denominadas “Ualalocê”, quem também citou o Pai do Mato como figura lendária entre os Parecis foi o poeta modernista Mário de Andrade, na música em 1930, Villa-Lobos apresentou o Pai do Mato, Ualalocê e Kamalalô no Rio de Janeiro.


Livro da Turma da Mônica

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