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TEMPLO DA KITSUNE

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  • Foto do escritorViktor Gracchia

As misteriosas Gárgulas

As Gárgulas são algo que sempre me fascinaram (até mesmo por assistir a um desenho antigo chamado Os Gárgulas de 1994), então por isso eu escolhi trazer um pouco sobre elas aqui no blog, assim podemos ter um pouco de conhecimento sobre essa arquitetura “cheia” de mistérios, vamos lá?


Os Gárgulas de 1994.

No geral, são vistas como figuras monstruosas, animalescas ou “humanas” que estavam sempre presentes na arquitetura gótica, segundo crenças antigas as gárgulas eram colocadas nas catedrais medievais para simbolizar que o demônio jamais dormia e estava sempre de olho, exigindo a atenção redobrada das pessoas, mesmo estando em solo sagrado, outras teorias já afirmam que as gárgulas eram usadas para afastarem o mal e agirem como uma espécie de guardiãs da igreja mantendo espíritos malignos a distância.


Eram tidas como monstros em eterna vigilância, que enviavam uma mensagem aos incrédulos, eram uma espécie de animais com garras que eram sinal de advertência contra o comportamento dos pecadores, simbolizavam perigo para quem quer que se aproximasse da igreja com a consciência suja, também serviam como protetoras dos sacerdotes e crentes dos seres malignos que quisessem entrar em sua igreja.



Uma famosa lenda francesa gira em torno de São Romano, o primeiro chanceler do rei merovíngio Clotário II. A história diz como ele e mais um prisioneiro voluntário derrotaram a “Gárgula”, um Dragão do rio que vivia nos pântanos na margem esquerda no rio Sena. A dita criatura afundava, barcos, comia pessoas e animais. Um dia, o bispo atraiu a Gárgula para fora do rio com um crucifixo, e usando seu lenço como cabresto, levou o monstro até a praça principal, lá, os aldeões a queimaram até a morte.

O termo se originou do francês gargouille, gargalo ou garganta, eram estruturas colocadas próximas as calhas de catedrais medievais com a função de também esconder os canos que escoavam a água da chuva, a ideia parece ter surgido no Egito Antigo, os templos já tinham “gárgulas” no formato de cabeça de leões (as gárgulas escoavam a água usada para lavar os vasos sagrados) e também foi adotado na arquitetura grega, até os dias hoje…


Existem também as famosas gárgulas “obscenas” que atiçaram a curiosidade dos historiadores, obviamente não havendo uma conclusão “satisfatória” do por que foram feitas e o que significam, de acordo com alguns historiadores, essas gárgulas “obscenas” haviam sido colocadas como uma forma de expulsar o pecado para fora das igrejas, outra teoria, é que representavam o pecado, a brutal e vulgar vida sem Deus.


Atualmente na ficção contemporânea, as gárgulas são tipicamente descritas como uma raça humanoide alada, com características demoníacas (geralmente chifres, rabo, garras e bico), podendo usar suas asas para voar ou planar a noite, muitas vezes descritas como tendo uma pele rochosa, sendo capazes de se transformarem em pedras durante o dia, foram também imortalizadas pelo romance de Victor Hugo, “O Corcunda de Notre-Dame” com a incrível adaptação do filme da Disney.


O Corcunda de Notre Dame de 1996.

Por fim, mesmo que “humanizadas” com o passar dos tempos, essas figuras representam apenas peças grotescas, representando o humor irreverente e caprichoso do escultor, porém sem dúvidas sabendo que um dia serviram a um propósito útil.

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